Se calhar até é. O que define um casamento perfeito é cada um dos membros do casal se sentir satisfeito e realizado dentro da relação. Se um dos membros, quase sempre a mulher, não se importa de viver nos bastidores, transformando-se numa espécie de adereço, como uma mala ou um tapete e mesmo assim se sente feliz, então a relação será perfeita. Claro que consigo encontrar um grande número de objecções éticas e morais a este modelo. Esse modelo de casamento seria, provavelmente, a minha noção de inferno pessoal. Mas os Estados Unidos são um país conservador e exigem das suas figuras públicas a vivência desse modelo perfeito (e ingénuo) de família, onde o pai manda e a mãe obedece, não tem opiniões próprias e usa fatos em tons como rosa clarinho para se confundir com o papel de parede. Curiosamente a única mulher que era menos assim, Hilary Clinton, acabou por tropeçar e caír neste modelo perfeito, ao apoiar o seu homem e permanecer com ele, mesmo depois da traição pública e escandalosa.
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Se calhar até é. O que define um casamento perfeito é cada um dos membros do casal se sentir satisfeito e realizado dentro da relação. Se um dos membros, quase sempre a mulher, não se importa de viver nos bastidores, transformando-se numa espécie de adereço, como uma mala ou um tapete e mesmo assim se sente feliz, então a relação será perfeita. Claro que consigo encontrar um grande número de objecções éticas e morais a este modelo. Esse modelo de casamento seria, provavelmente, a minha noção de inferno pessoal. Mas os Estados Unidos são um país conservador e exigem das suas figuras públicas a vivência desse modelo perfeito (e ingénuo) de família, onde o pai manda e a mãe obedece, não tem opiniões próprias e usa fatos em tons como rosa clarinho para se confundir com o papel de parede. Curiosamente a única mulher que era menos assim, Hilary Clinton, acabou por tropeçar e caír neste modelo perfeito, ao apoiar o seu homem e permanecer com ele, mesmo depois da traição pública e escandalosa.
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